quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente...

 Hoje tivemos uma aula um pouco diferente. E muito boa e produtiva por sinal. Fomos ao Teatro Minaz de Ribeirão Preto (SP), para assistir ao espetáculo "Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente", obra adaptada pelo grupo Fora do Sério. Uma aula maravilhosa sobre teatro de rua. A proposta dessa adaptação foi para o espetáculo ser representado na rua, mas por possuir um tablado onde também é usado na rua, acabaram transportando para um teatro fechado.
 Foram vários os aspectos que estamos estudando, e que podemos ver expressamente nesse espetáculo. Podemos notar a questão corporal, que é muito importante, a impostação da voz, a triangulação com as máscaras, a interação com a platéia, a dinâmica entre os atores, e outras coisas mais, como o figurino, maquiagem e o cenário, que deram uma qualidade maior a peça. Um aprendizado maravilhoso, e que ao menos me faz refletir sobre o caminho onde estou seguindo. Sinto que estou seguindo uma linha de raciocínio coerente com o tema, mas o que se percebe, é que o teatro de rua é uma dá uma brecha para uma infinidade de coisas, idéias e ações.
 Agora é aproveitar essa experiência e tentar colocar em prática o que já estudamos e o que pudemos observar no espetáculo de hoje.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Teatro de Rua - Parte 3

 No dia de hoje (20/09) acredito e até percebi que a turma estava mais focada e concentrada do que na aula anterior. Um fato bem legal era ver uma pessoa pedindo ajuda para a outra, sinal de que ali estamos todos no mesmo barco, sempre procurando um ajudar ao outro. Tínhamos que ir vestidos de personagens tipos (velho, bêbado, gay, e etc...), pois as cenas que seriam apresentadas hoje tratavam particularmente de personagens tipos, onde tinha a empregada, a velha, o palhaço, dentre outros. E desde os ensaios, dava pra se ver que estavamos com uma energia legal.
 A partir daí, saímos em cortejo até o lado externo do Senac, onde começaram as apresentações das cenas. Várias fatores chamaram a atenção, como algumas pessoas que correram na frente do cortejo para ver a cena de um lugar bom, pois já tinham visto as cenas feitas nos dias anteriores, e outras coisas mais. As cenas foram evoluindo num ambiente tão gostoso, mas que chegou num determinado momento, esse momento acabou até atrapalhando um pouco a cena. Na primeira cena feita, correu tudo bem, mas já na segunda cena como havia uma empregada, que era feita por um homem vestido de mulher (que por sinal foi muito bem feita), esse fato chamou toda a atenção do público para a parte externa da cena, que era onde geralmente estava essa empregada. Não que estava errada ela fazer isso, mas como disse o João Paulo, tem que ver qual é a proposta do grupo, se é priorizar as cenas que estão ocorrendo na parte externa ou se é priorizar o que acontece na parte interna, que acredito eu era o foco principal. Fatores como esse, só podemos ver se dá certo ou não apresentando. Pois as vezes fazendo em sala de aula é uma coisa, e já quando fazemos na rua, invadindo o espaço do público já se cria uma outra dimensão. Mas tudo são coisas a serem pensadas para os próximos trabalhos.
 Outro fator a ser pensado é no lance de usar máscaras. Quem usa máscaras tem que saber a maneira correta de usar, pois tem toda uma técnica, e quando se usa esse tipo de objeto sem saber manuseá-lo, acaba ficando sem motivo na cena, apenas como um fator alegórico. Mesma coisa com o figurino, saber dosar as cores, para não virar um baile de carnaval, e sempre trabalhando junto com a maquiagem, para uma coisa não distinguir muito da outra.
 E o que ficou de tarefa para a próxima aula, foi de separar dois grupos, com exceção do Pipo e da Suriya, para trabalhar em cima da poesia do Carlos Drummond de Andrade "E agora José". Os grupos ficaram formados da seguinte maneira:
Grupo 1 - Alex, Renan, Juliano, Le, Lica, Fernanda, Matheus, Gleici, Gabriela, Vilsinho e Louis.
Grupo 2 - Douglas, Diego, Renata, Nadya, Junior, Ste, Rafael, Giovanna, Helena, Bianca, Eleonora e Giseli.
 Agora é aguardar chegar quinta feira e ver o que sairá da improvisação dessa poesia...

Teatro de Rua - Parte 2 ...

 Na aula do dia 19/09 (segunda-feira), mais dois grupos estavam se preparando para fazer a apresentação da cena no meio do público na hora do intervalo. Foram feitos alguns ensaios, para tentar aprimorar alguma coisa que estava faltando, e até no sentido de dar uma ligação de uma cena a outra. E nesse meio tempo, o restante da turma estava se maquiando para seguir com o cortejo, sendo feita uma maquiagem mais fúnebre, pois as duas cenas em questão se tratavam de um tema um pouco mais forte, até de morte. O que devemos sempre parar para pensar e refletir é que, não é porque não estamos fazendo a cena, devemos ficar conversando ou brincando, pois isso atrapalha quem está ensaiando. Temos que aprender a ter uma certa concentração desde o momento em que entramos em sala de aula.
 Mas enfim, chegou o momento da apresentação. Fomos em cortejo até a parte externa do Senac, e nos deparamos com um público nem tão receptivo com o da semana passada, talvez por terem tido uma proposta bem diferente das cenas anteriores, e por isso, não ter prendido muito a atenção do público. O que é um erro, pois pela minha pouca experiência na vida, vejo que as pessoas (não generalizando) creditam que para um determinado espetáculo ser bom, tem que ser uma coisa mais cômica, fazendo as pessoas rirem e tal. A partir daí me vem na minha cabeça, a respeito do que as pessoas procuram quando vão a um espetáculo teatral. Pode ser que a resposta seja aquilo que conversamos já em sala de aula, onde talvez as pessoas acham que arte é entretenimento, o que é um grande engano. Apesar de que não podemos cobrar nada do público quando invadimos o espaço deles. Temos que aceitar e reagir da melhor maneira possível caso a nossa expectativa não tenha sido alcançada com eles...
  A partir de tudo isso, começamos um bate papo falando do que os atores tinham sentido quando estavam em cena, e até mesmo os atores que estavam em coro. Foram dadas algumas sugestões para uma possível continuidade das cenas. Onde o tema de um dos grupos, poderiam passar talvez para uma linguagem mais poética, pois já é um texto pesado, e a interpretação também ficou um pouco pesada, não havendo talvez mostrar tanto peso, podendo mudar um pouco a maneira de transmitir a mensagem para o público, pois em determinados momentos, não sabiamos quem era quem em cena, pelo fato de não ter tido uma apresentação dos personagens. E outra fator é uma coisa que é sempre falado em sala de aula, e que todos temos que tomar sempre muito cuidado, que é em relação a voz baixa, sem a impostação adequada, sem articulação, e a parte corporal, onde em alguns momentos podia ser visto os atores em cena, não havendo construção corporal da personagem. Fatores esses que são de extrema importância ainda mais para o teatro de rua, que é um ambiente onde já se tem muita poluição sonora, e as vezes tem o fato ainda de ter pessoas muito longe, devendo assim os movimentos serem mais expressivos e a voz mais trabalhada para atingir a todos que estão em volta...
  Mas tenho que dar os parabéns para todos que apresentaram, pela coragem, pela construção das cenas, e por tudo mais que fizeram todos irem lá enfrentar aquela galera, que hoje pode estar do nosso lado, e no outro dia pode não estar, devendo assim estarmos sempre preparados para lidar com qualquer das situações....até as próximas apresentações..!!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sem palavras...

 Hoje dia (15/09) foi o dia da apresentação de alguns grupos a respeito do tema "Teatro de Rua". Fizemos toda uma preparação antes, com relação a maquiagem e a figurino. Foram escolhidos dois grupos para se apresentarem hoje, pois eram os grupos que estavam completos. Mas todo o resto da turma participou do espetáculo, onde fizemos um cortejo bem divertido da sala até a parte externa do Senac.
 O público estava bem receptivo, o que está melhorando a cada apresentação que fazemos no Senac. Estavam bem participativos, e nós mesmos que estávamos em circulo, participamos da cena em que estava sendo feita no momento, aplaudindo, rindo, ficando em silêncio e tudo mais, sempre que necessário.
 Mas apresentar essa cena hoje para mim, foi simplesmente inesquecível. Pois foi um processo um pouco conturbado, onde tivemos que correr atrás do tempo perdido, e arrumá-la em apenas 2 ou 3 dias no máximo. E no final deu tudo certo. Saímos da teoria para colocarmos o que tinhamos aprendido, na prática. Enfim, nos divertimos muito e acredito que as duas cenas, conseguiram contagiar o público e dar um pouco de diversão e reflexão para as pessoas presentes.
 Foram muitas sensações sentidas hoje, e o que podemos sempre perceber é que, mesmo olhando e observando o que o outro está fazendo, também aprendemos muito. E foi bem legal, pois vários de nossos colegas elogiaram a cena, e conseguiram perceber o que estava talvez claro ali para aquela pessoa, mas que faltava algo para a fazer acordar de uma vez por todas. O que é mais gratificante, saber que o seu trabalho está ajudando outras pessoas a evoluírem, e não apenas tentando deixar para nós o pouco do nosso conhecimento.
 Muitoooo obrigado mesmo a todos que participaram das cenas hoje, e semana que vem tem mais...
 Ah...e o último detalhe que havia me esquecido...ganhamos até uma caixinha do público. Quase R$ 15,00...parece até uma fortuna...talvez por ter sido o sinal do reconhecimento de um trabalho bem feito...!!!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

História do Teatro - Continuação...

 Hoje tivemos a continuação das aulas sobre a História do Teatro, com a professora Renata Torraca, onde seguimos a cada dia passando a linha do tempo dessa era, desde o Teatro Grego até os dias atuais. Mas antes de darmos início a aula, infelizmente soubemos que não fomos aprovados para o Festival Estudantil de Tatuí (SP). Paciência...a nossa hora chegará no momento certo.
 Voltando a aula, começamos batendo um papo sobre o que lembrávamos das aulas anteriores, onde falamos sobre Teatro Grego e Commédia Dell'Arte. Algumas pessoas lembraram bastante coisas, já outras nem tanto. Perguntas eram feitas para algumas pessoas a respeito do tema, e se acaso não soubessem responder, um ia ajudando o outro, o que é sempre bem legal. Todos aprendendo juntos e se ajudando.
 Feito esse rápido bate papo, começamos a falar sobre o Teatro Elisabetano. A Renata falou um pouco da experiência que tem, começamos a ver o que cada um sabia sobre o assunto, e a partir daí foi desenrolando o bate papo. E a partir desse tema, foram colocados alguns aspectos onde temos que pesquisar e procurar nos interarmos mais a respeito do assunto, como segue abaixo:
  •  Aristóteles = Tríade aristotélica (ação, tempo, espaço) - Catarse
  • Diferenças entre conceitos = Apolíneo e Dionisíaco
  • O que caracteriza o chamado Teatro "anti-aristotélico"?
 Todos esses aspectos levando em consideração todos os períodos Teatrais, como Grego, Elisabetano, Classicismo e Naturalismo.
 E para finalizar a aula, falou-se um pouco mais sobre Bertold Brecht, sobre as suas características, leu-se um trecho de um livro que fala sobre o mesmo, mas sendo tudo isso somente algo superficial, cabendo a nós (alunos) pesquisar e estudar o máximo que puder para entendermos melhor do que se trata esse gênero teatral, que será um dos temas abordados nesse semestre.
 Para amanhã, levar os materiais para a continuação da primeira aula a respeito da linha do tempo, e se ainda houver tempo, entraremos no tema "Classicismo". Boa noite a todos...e até qualquer hora !!!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Teatro de Rua - Mais um dia de ensaio...

 Na aula de hoje dada pelo o João Paulo, começamos fazendo alguns exercícios em grupo, mesclando vários fatores, como aquecimento, ritmo, cumplicidade entre os atores e etc. Primeiramente, fizemos um exercício onde tínhamos que ouvir a música e senti-lá, e em determinados momentos tínhamos que fazer "fotos", e rapidamente voltar para o corpo de ator, e assim sucessivamente. Depois formamos um grupo só, onde íamos de um lado ao outro da sala, fazendo o mesmo exercício, mas quem estava na frente comandava o momento de virar para o outro lado. Após, formamos dois grupos, e esses grupos tinham que "enfrentar" o outro grupo fazendo "fotos", e pensando sempre na composição cênica, pois não era necessário fazer somente fotos em linha reta, mas poderia ser feito em qualquer lugar do espaço em questão. E ainda fizemos outro exercício onde ficávamos livres de acordo com o música, e sempre uma pessoa fazia uma "foto" e todo o grupo compunha o que estava sendo feito pela a primeira pessoa que a fez, tendo como tema "paz e guerra"....se não me engano.
 E depois desses exercícios onde ficamos mais empolgados e soltos com o nosso corpo, formamos os grupos e começamos a aprimorar as cenas que já estão sendo preparadas desde outros encontros. Inicialmente, íamos apresentar para o público do Senac, mas como tem cenas que ainda não estão maduras ou que faltam alguns detalhes para corrigir, essa apresentação foi adiada para a próxima quinta-feira. As apresentações não serão necessáriamente de todos os grupos, mas pode ser feito de apenas um grupo em um dia, e outros grupos apresentarem em outro, ou até mesmo não apresentar. Tudo vai depender do empenho de todos e da cena que está sendo finalizada.
 Vimos que temos que pensar sempre em ter a dinâmica necessária, não ficarmos dando pausa psicológicas, ter um jogo rápido entre os atores e até mesmo com o público, caso seja necessário. Deve-se tomar muito CUIDADO com os objetos cortantes que usamos em cena, pois pode acontecer um grave acidente com algum ator ou até mesmo, acontecer algum imprevisto e que esse imprevisto, acabe tirando o foco real da cena, e passando para o determinado fato que ocorreu. Temos que ser fiéis ao figurino, e quando sairmos do personagem, deixar bem claro para a platéia, para não parecer que está sendo feito alguma coisa mal feita. E ainda por cima, temos que ter a consciência de que tudo o que fazemos no teatro, seja qual estilo estamos tratando, os gestos, movimentos, falas, não podem ser em vão, mas sim tem que haver algum significado em cena, porque senão já fica coisa demais para uma cena, prejudicando-a invés de ajudar.
 Agora é aguardar quinta-feira para a apresentação das cenas perante o público, que é sempre maravilhoso...simbora meu povo !!!

domingo, 11 de setembro de 2011

Oficina de Composição Cênica e Dramaturgia de Animação...

 No dia de hoje (11/09 - domingo) fui até o Sesc fazer a oficina citada acima. E mais uma vez, infelizmente, não teve o público desejado pelo o grupo. Foram apenas dois participantes. Eu e a Ana Carolina, que é uma estudante de teatro aqui da cidade e que também foi em busca de um conhecimento maior sobre o Teatro de Animação. A oficina foi ministrada pelo Grupo Contadores de Estórias de Paraty-RJ, através do seu diretor Marcos Caetano Ribas e sua esposa Rachel Joffily Ribas, responsável pela criação dos bonecos da companhia.
 Inicialmente vimos um vídeo contando a trajetória do grupo, que por sinal foi de muita luta e de muito sucesso pelo o Brasil e pelo o mundo. Apresentações em vários países, dentre eles, EUA, Holanda, México, Peru, dentre outros. Mas o que chamou mais a atenção, foi que a carreira do grupo começou a engrenar depois de uma crítica feita por um crítico do Jornal "The New York Times", onde elogiava e muito um espetáculo que o grupo havia feito nos EUA. A partir daí, foi só deixar a água correr e colher os frutos de um trabalho muito bem feito por sinal.
 Após nós (eu e a Ana Carolina) nos apresentamos a eles, falando um pouco sobre nós e até mesmo das nossas pretensões profissionais e o porque da procura daquela oficina. Foi um bate papo muito legal, onde aprendemos rapidamente a mexer com um determinado tipo de boneco, tendo que ter em mente que não devíamos mexer muito a boca, mas somente quando tivesse a tônica da palavra.
 Aprendemos também que há uma grande diferença entre o ator e o ator manipulador. Uma pessoa que não é ator, não saberá manusear os bonecos, pois não conseguirá passar para ele, os sentimentos necessários. Pois o ator manipulador, fica neutro em relação ao seus sentimentos e tranfere todos para o boneco que está sendo manipulado. Um trabalho que exige muita concentração, talento, e muito treinamento por sinal. A ator manipulador tem que perceber, mais do que ver. Pois o ator manipulador não sabe para onde o boneco está olhando, devendo assim, perceber e ter uma concentração total do que está sendo feito, para beirar a perfeição.
 Sabemos que temos que ter em uma estrutura cênica, a paciência, o ritmo - simetria (que permite a estrutura de um espetáculo), sendo que a questão arritmica e a assimétrica (permite resolver o problema, improvisar). Portanto, o bom é que consiga aconselhar esses dois fatores. Vimos que temos que ter a economia de movimentos, sabendo-se que menos é sempre mais. Perceber a distribuição da cena, tendo sempre uma pessoa que será o condutor daquela respectiva cena. Ter muita atenção no ritmo da música que está tocando, devendo-se também, ouvir e sentir o que está sendo ouvido e transmitir tais emoções para o nosso corpo e para as devidas ações. E vimos que temos que ter 5 tipos de consciência em cena, que são:
1- de si mesmo
2- do outro ator que está em cena
3- do espaço
4- da música
5- da luz
 E para encerrar, vimos rapidamente a montagem de um dos bonecos que são usados nos espetáculos do grupo. Foi um bate papo muito agradável, mais uma troca de experiência muito válida, com pessoas que já estão na área artística por muito tempo, e que tem muita coisa para passar para os atores jovens que estão chegando.
 Desejo muito sucesso a vocês, Grupo Contadores de Estórias de Paraty-RJ.

Oficina de Teatro de Sombras...

 No dia 10/09 (sábado) fui até o Sesc Ribeirão Preto-SP com o intuito de participar da oficina de sombras que seria ministrada pelo grupo - A Roda Teatro de Bonecos, Salvador (BA). Foi uma oficina atípica, pois tinha somente eu de participante. O que para mim foi ótimo, pois tive uma aula particular sobre o tema com uma pessoa muito agradável que era a Olga Gomez, diretora do grupo. Foi um bate papo muito gostoso e houve ali uma troca de experiências e até quem sabe, acredito eu, uma amizade que tenha se iniciado naquele dia. Uma pessoa muito querida e muito especial.
 Começamos a oficina pondo a mão na massa, pendurando um pano em um ferro, para podermos fazer as sombras por trás do mesmo. Depois, tivemos um rápido bate papo sobre alguns aspectos do Teatro de Sombra, falou de alguns objetos, sobre as silhuetas, eixos, a iluminação para o espetáculo, que pode ser uma lâmpada de led (que precisa ser de boa qualidade, para não distorcer a imagem que está sendo mostrada) ou até mesmo uma simples vela. São sensações distintas ocorridas com os diferentes tipos de iluminação, e que aconselha-se que use apenas um tipo específico da mesma, pois a troca de tipos de iluminação pode afetar o espetáculo no sentido de o público demorar para assimilar tão troca, prejudicando assim um pouco as pupilas do espectador. Outro fator bem legal, é a contraposição, onde o perto se transforma em grande e o longe se transforma em uma imagem menor. Evitar ficar de joelhos quando está manuseando algum objeto, para não limitar os movimentos que possam serem feitos. Procurar manter a neutralidade nas roupas e até no nosso corpo, para evitar que qualquer coisa além das sombras chamem a atenção do público.
 O que tenho em mente, é que como em qualquer outro tipo de teatro, no teatro de sombras também não podemos perder a veracidade que queremos passar. A imagem tem que ser imediata para o público. E que as figuras sem sensibilidade morrem. Devemos deixar claro para o público que tem alguém manuseando os objetos, não devendo assim, querer esconder que tem alguém atrás do ante pano.
 E para encerrar a oficina, teve uma entrevista ao vivo com a EPTV, emissora filial da Globo na cidade, onde a Olga falava um pouco mais sobre a oficina e até mesmo sobre o espetáculo que seria realizado mais a tarde pelo o grupo. E mais uma vez, foi de uma simplicidade tremenda, onde fez questão de dar créditos a minha ida até a oficina, falando ao vivo o meu nome, o que me deixou sinceramente muito comovido e lisonjeado.
 Mais a tarde, teve o espetáculo "O Pássaro do Sol", onde pude ver na prática o que havia aprendido um pouco mais cedo na oficina. Um espetáculo bem diferente do que eu já tinha visto até então, e que me surpreendeu pelo fator de nos mostrar apenas com imagens as idéias de uma história a ser contada para o público.
 Encerra-se assim mais um dia de aprendizado, onde pude aprender um pouco sobre um dos tipos de Teatro de Animação que existe. Muito obrigado a todos pela prestatividade e mais uma vez a Olga Gomez pela ajuda e pelo carinho com que me tratou.
 Sucesso sempre...

Manologias...

 No dia 09/09 (sexta-feira) fui ao espetáculo que ocorreu aqui no Sesc de Ribeirão Preto-SP, chamado "Manologias". Fui com o intuito de aprender, visualizar, vislumbrar, e conhecer um pouco mais as técnicas do Teatro de Animação. E por conta da Mostra de Teatro de Animação que está acontecendo no Sesc, estou tendo oportunidades únicas de me familiarizar com o tema, conhecer novos grupos, fazer amizades e tentar buscar um dia, se assim for, aperfeiçoar as técnicas desse estilo.
"Manologias é um espetáculo que apresenta de maneira poética e cômica, histórias curtas sobre os sentimentos e aspirações humanas. Através de suas próprias mãos, os atores criam simpáticas personagens que são parte de suas almas, contando histórias que nascem de seus dramas, sonhos e frustações. Com apenas seus próprios corpos e alguns objetos, é revelado um tesouro escondido em suas mãos vazias." Sesc.
 É um espetáculo do grupo peruano La Santa Rodilla, que tem na sua formação 3 atores, sendo dois italianos e uma peruana. Foram apresentadas ao público várias cenas do cotidiano, mas que pela tamanha perfeição e com a mistura da comicidade, envolveram o público de uma tal maneira, que ao seu término, foram aplaudidos calorosamente por algum tempo, sinal de um trabalho bem feito e de ótima qualidade.
 As cenas são feitas as vezes individualmente, em duplas e até mesmo em trios, havendo uma cumplicidade e uma alegria entre os integrantes do grupo, que acaba contagiando a todos que assistim. Parecem brincar em cena, acabando se divertindo de verdade, e até superando um eventual imprevisto com o já tradicional bom humor que os seguem. Há a mistura de sons, movimentos sincronizados (sejam com as mãos ou com objetos) e a beira da perfeição da realidade, e que em certos momentos, deixam os objetos de lado, e acabam contracendo entre si (atores), o que diversifica e muito o espetáculo. Para um foco maior no que está sendo feito em cena, procuram usar roupas pretas, para não tirarem a atenção do público para eles. Usam também bonés (cobrindo parcialmente os rostos) e até uma toca, que cobre totalmente o rosto.
 Tem em cena também uma sonoplasita que ajuda e muito no que está sendo feito. Ocorre sempre de maneira muito rápida e dinâmica, a troca de personagens, buscando não deixar para o público um vazio entre uma cena e outra.
 Mas enfim, foi um espetáculo maravilhoso, e que ficará para sempre na minha memória. Sendo que o único pesar dessa noite, foi um casal que estava ao meu lado, que riam de uma maneira tão ridícula, que parecia que queriam chamar mais a atenção do que os atores, vendo-se que eram risadas forçadas. Mas...coisas desse tipo acontecem, e basta apenas tentar ignorar e torcer para que no próximo espetáculo eu não seja novamente sorteado com a presença deles.

Commédia Dell'Arte...

 Na aula do dia 08/09 (quinta-feira), tivemos uma aula a respeito de Commédia Dell'Arte. Falamos um pouco resumidamente sobre do que se trata essa era, seus personagens, a sua história. Foi um bate papo muito proveitoso, mas que ainda não aprofundaremos no assunto, pois trataremos mais a fundo no semestre que vem.
 Após a parte teórica, partimos para a prática. Começamos a fazer alguns exercícios de aquecimento, e que ao mesmo tempo, eram exercícios que nos exigiam posturas diferentes; posturas essas que nos levavam ao trejeitos dos personagens da tema. Com certeza, exige muito da parte física, pois temos que mexer com a coluna, flexionar os joelhos em determinados momentos, ter a sensibilidade para onde o nosso nariz nos leva, dentre outras coisas.
 E aos poucos, algumas pessoas foram escolhidas para encenadores os personagens da Commédia Dell'Arte. E o que foi legal, é que dançamos conforme a música pedia. As cenas foram improvisadas, como realmente deve ser, mas o que hoje em dia não se leva tanto em consideração esse fator, e também os atores tentando passar para o público o que significava cada personagem. Com certeza foi um pouco dificil, pois para se encenar esses personagens, exige uma pesquisa bem detalhada sobre, mas fizemos de uma maneira superficial somente para cada um que estava em volta, começar a enxergar um pouco o que se trata esse tema.
 Agora, é aguardar as próximas aulas e continuar no caminho que o teatro fez no decorrer dos anos pelo mundo.

Desenvolvimento das cenas...

 Nas aulas dos dias 05 e 06/09 (segunda e terça-feira), dadas pelo João Paulo, tivemos continuação da construção das cenas de teatro de rua, iniciadas anteriormente. Foram aulas muito produtivas, pois além de fazer a nossa cena, vivenciando o tema, aprendíamos também muito olhando o que os outros grupos estavam fazendo, pegando para si o que foi feito de bom, e deixando um pouco de lado os erros obtidos em cena.
 O que se pode notar, é que alguns grupos conseguiram enxergar e transmitir o que havia sido falado sobre teatro de rua para as cenas em questão. Daí a grande importância de ler, estudar o que está sendo feito, pesquisar, ver vídeos e etc., tudo isso, que servirá de base para os nossos estudos e para o nosso aprendizado.
 Agora, o que temos que fazer, é arrumar o que foi pedido pelo o professor, e esperar chegar segunda-feira (12/09), pois faremos uma apresentação na rua das cenas que estão sendo montados, mas não sabendo ainda, se serão todas apresentadas, ou se apenas algumas e de que forma que serão apresentadas e tal.
 Mas o que posso dizer, é que é um tema maravilhoso, talvez um pouco esquecido e deixado de lado pelos próprios autores de teatro, mas que está em uma crescente a cada dia que passa, pois ainda tem pessoas que acreditam nesse gênero, e procuram fazer dele, uma ferramenta onde pessoas de todas as classes sociais possam ter acesso a um teatro de qualidade.

domingo, 4 de setembro de 2011

Teatro de rua...

 Na aula do dia 1º/09 (quinta-feira) seria o dia da apresentação das cenas adaptadas para o teatro de rua. Mas após um pedido geral da turma, aproveitamos essa aula, para aprimorarmos e até para fazermos essa adaptação, que até o certo momento, em alguns grupos não havia sido feita.
 Com certeza, é bem dificil fazer esse trabalho. Pois abrange vários fatores, e ainda mais quando já está com a cena pronta para um determinado estilo, adaptar para outro totalmente diferente, acaba confundindo um pouco.
 Deveríamos usar a primeira aula para fazer a cena, e a segunda aula para a apresentação da proposta. Mas, infelizmente, não deu para todos os grupos apresentarem por conta do horário. E o que pode notar, é que idéias das mais diversas estão sendo propostas, algumas mais próximas do tema, e outras já nem tanto.
 Portanto, temos que ter o máximo de atenção possível, pois tem em mente de apresentar ou não essas cenas para o público. As vezes tentar até dar uma sequências nas cenas...mas tudo isso dependerá de nós. É um tema muito abrangente, e que infelizmente, tem muito pouco material de estudo.
 Então, cabe a nós alunos, pesquisar, pesquisar e pesquisar...

Continuação da História do Teatro...

 Na aula do dia 31/08 (quarta-feira), tivemos a continuação sobre o tema "Teatro Grego". Mas antes de tudo, foi devolvido alguns trabalhos que foram entregues ainda no primeiro semestre. E trabalhos esses, que causaram uma certa discussão. Pois como a Renata Torraca disse que o trabalho da Gabriela Vansan estava adequada de acordo com as normas da ABNT, mas como não havia sido pedido que o mesmo fosse feito dessa maneira, alguns alunos não aceitaram as "críticas", começando assim um certo debate ou até mesmo discussão. E até não se pode cobrar também que seja feito um trabalho nesses moldes, pois poucos alunos já fizeram uma faculdade, não sabendo assim, como fazer de acordo com as normas. Mas o que foi conversado, é que teremos um dia para aprendermos a melhor maneira de se fazer um trabalho.
 Mas passando essa tempestade, nos separamos em grupos, para respondermos as perguntas dadas na aula do dia 30/08 (terça-feira), a respeito ainda do tema "Teatro Grego". Cada grupo ficou com uma quantidade de perguntas, que deveriam ser respondidas de maneira manual, escrevendo e desenhando manualmente, se for o caso. Mas o grande problema, era o material de pesquisa. Tínhamos pouco material para pesquisar em sala de aula, acabando assim, tendo que ir para a biblioteca para pegar algum livro que podesse nos ajudar, ou até mesmo pesquisar na internet. E como o tempo foi um pouco curto, devemos levar para casa, e pesquisar, para em uma aula ainda a marcar, passarmos as informações para o restante da sala, para que todos saibam responder as perguntas feitas. E o foco principal desse trabalho, é fazer ao final do semestre, uma linha do tempo, e colocar essa pesquisa no pátio para todos os alunos do Senac verem.
 E tivemos uma notícia de última hora. Após o pedido da turma, o João Paulo deixou todos apresentarem a cena sobre teatro de rua, na próxima semana, pois, por conta da Mostra de Artes Cênicas, muitos alunos não foram nas oficinas, o que acabou prejudicando todos os grupos, por não terem tempo de se juntarem para debater a cena em questão.
 E por último, a Renata passou em cada aluno e deu 2 chocolates. Mas chocolates esses, que só deveriam ser comidos em sala de aula, se achássemos que eramos merecedores deles. Se sim, poderíamos comê-los em sala de aula. E se, achássemos que não nos empenhamos na aula, deveríamos ter a consciência, e comê-lo somente fora da sala.
 Uma reflexão que devemos fazer todos os dias, para ver se estamos realmente nos empenhando sempre, ou se estamos nos enganando, achando assim, que estamos enganando as outras pessoas.

História do Teatro...

 Na aula do dia 29/08 tivemos a retomada do módulo de História do Teatro, mas agora ministrado pela professora Renata Torraca. Mas antes, tratamos de alguns tópicos ainda, como a apresentação da Valsa nº 6 em Franca, a entrega dos trabalhos do módulo de expressão corporal e ainda, sobre a possibilidade de nos inscrevermos no Festival Estudantil de Tatuí-SP.
 Iniciamos a aula falando sobre o que iremos estudar nesse módulo. Começaremos tratando sobre a evolução do teatro (Início do "Mapa com a linha do tempo"), devendo todos começar a levar a apostila do Senac nas aulas de História de Teatro.
 Começamos a tratar do tema "Teatro Grego - Tragédia e Comédia". Lemos um texto com um breve resumo sobre a "Origem da tragédia-Quem é Dionisio?". E após, tivemos que nos separar em grupos, e fazer uma improvisação sobre o que acabara de lermos. Improvisações essas, que praticamente todos os grupos levaram para o lado cômico. Foi um trabalho bem legal, mas que com certeza, ainda precisa de muita melhora, creditando isso, por estarmos no início do módulo.
 E a professora Renata Torraca, levou vários livros onde cada aluno deveria levar para casa, e ficar com o mesmo durante uma semana, havendo assim, sempre a troca de informações. Troca essa que será organizada pela representante da sala Gabriela Vansan.
 Mas agora com certeza, o bicho vai pegar. Trabalhos estarão por vir, e muita coisa para estudar nesse semestre....vamo que vamo !!!

Apresentação da "Valsa nº 6" em Franca-SP


 No dia 27/08 (sábado), tínhamos um encontro marcado às 13 horas em frente ao Senac Ribeirão Preto-SP, para a viagem rumo a Franca-SP. Mas como sempre, acontece alguns imprevistos, acabando saindo daqui da cidade às 14 horas. Mas com certeza valeu a pena cada minuto da viagem. Fui uma viagem bem divertida, como já era de se esperar. Algumas pessoas descansaram mais, outras já ficaram mais nas brincadeiras, mas assim que entramos na cidade da apresentação, os nosso professores deram algumas informações, para que soubessémos o nosso cronograma naquele dia.
 Chegando no local da apresentação, deixamos os nossos figurinos nos camarins, e tínhamos ainda uma hora para descansar e arrumar algumas coisas que estavam faltando para a apresentação. Conhecemos o Teatro Municipal da cidade, e ainda fomos recepcionados pelo Jô, coordenador do curo Técnico em Arte Dramática de Franca-SP (uma pessoa muito carinhosa com todos nós).
 Após esse período de descanso, fomos para a prática. Andamos pelo o espaço onde seria a apresentação, para adaptarmos o espetáculo para esse novo local. Foi um dia bem proveitoso, e estavam todos muito confiantes, pois o trabalho tinha ficado bem legal ao seu final, acabando assim, o local favorecendo o nosso espetáculo. Feito toda essa adaptação, tínhamos pouco menos de uma hora para comer e nos arrumar para a apresentação.
 Mas cada minuto valeu a pena. Foi uma apresentação maravilhosa, a melhor que tínhamos feito até então, tanto por conta do local, que nos ajudou bastante, e até por conta do público, que estava bem ativo com a gente. E foi curioso, pois ao mesmo tempo no Teatro Municipal, que é ao lado do Teatro de Bolso, onde seria a nossa apresentação, teria um espetáculo musical (orquestrado), onde soubemos depois, que teve algumas pessoas que sairam da fila e vierem nos assistir. Uma grande satisfação por sinal.
 E ao final do espetáculo, tivemos um longo bate papo, onde podemos sentir a satisfação e a alegria do público presente, que reconheceu o nosso esforço, e até porque não, o nosso talento. Conseguimos atingir o nosso objetivo, que era de deixar algum sentimento dentro dessas pessoas, mesmo que não tenham entendido muito bem a história, mas que fosse um espetáculo que ficaria pra sempre na sua cabeça. E a partir de depoimentos até em certos momentos comoventes, encerramos assim a nossa apresentação para essa cidade tão querida que é Franca-SP.
 Depois, fomos até uma pizzaria da cidade onde comemos até falar chega. Mais alguns instantes de diversão. E na volta para Ribeirão Preto-SP, que foi a extravagância. Muita diversão da maioria do pessoal que estava dentro do ônibus. Viemos cantando música de todos os gêneros, desde Calypso, até Balão Mágico. E fora algumas imitações que rolaram também no busão. E o final, não preciso nem falar que estavam todos sem voz né...
 Mas valeu mesmo galera do Técnico em Arte Dramática, por esse dia maravilhoso. Que venha outras apresentações...MERDAAAA !!!!!

Exercício Cênico - Valsa nº 6 - Nelson Rodrigues (Parte 1)

 No dia 22/08 (segunda-feira), era o dia da apresentação de alguns trechos do exercício cênico "Valsa nº 6 - de Nelson Rodrigues". Teríamos que adaptar o exercício para outro estilo de apresentação, pois fariamos somente o cortejo inicial, duas cenas do texto, e o cortejo final. Foi um dia onde a turma acabou levando uma bronca, e com razão, pois várias pessoas não estavam com o figurino correto, maquiagem imprópria, chegando atrasado no ensaio, e etc.
 Ouvimos que temos que ser profissionais e ter disciplina desde agora, não sendo tolerável essas atitudes "amadoras", no lado ruim da palavra, devendo ter a responsabilidade em todos os momentos. Não é porque apresentaríamos apenas algumas partes do espetáculo, que teríamos que tratar essa apresentação diferente de qualquer outra. Temos que ter respeito sempre com o público que está nos assistindo.
 E acredito eu que essa bronca tenha afetado a todos da turma. Pois praticamente não ensaiamos, mas na hora da apresentação, com certeza todos superaram os seus limites, tendo a participação ativa do público, e que ao final, reconheceu o nosso esforço. Foi com certeza, uma bela apresentação, superando a expectativa de todos, e com aquele certo friozinho na barriga tradicional antes da apresentação.
 Mas agora, é se preparar para a nossa apresentação do espetáculo completo no dia 27/08 (sábado) no Senac de Franca.

Oficina - Teatro de Rua

 No dia 25/08 (quinta-feira) tivemos uma oficina ministrada pelo professor João Paulo Honorato Fernandes, com o tema "Teatro de Rua". Uma oficina onde irá auxiliar e muito nesse tema, pelo qual abordaremos nesse semestre do Curso Técnico em Arte Dramática do Senac.
 Inicialmente fizemos uma roda, onde cantamos uma música para descontrair um pouco, e já para entrar no ritmo do tema, pois em praticamente quase todos os espetáculos de teatro de rua, começam com uma música. Vimos que temos que ter uma atenção com a interação exagerada com a platéia, para não ficar uma coisa forçada.
 Temos que nos preparar sempre para qualquer imprevisto, não os ignorando quando aparecer, tentando assim, lidar da melhor maneira possível. E sempre lembrando, que na improvisação, não se usa a palavra "não". Uma das principais virtudes do teatro de rua, é de tirar o público do comodismo, e levando para eles, uma cultura que com certeza muitas pessoas não tem acesso.
 Aprendemos os princípios do teatro de rua, que são:
1 - Música
Cortejo
Pontuação sonora
Texto
2 - Comédia
3 - Temática de peça (O que eu quero dizer e como dizer.)

 Temos que saber utilizar o espaço destinado ao espetáculo, podendo o mesmo ser 360 graus, meio círculo, espaços que a rua oferecer (coreto, monumentos, árvore, e etc...), dentre outros. E um fator questionável é em relação a amplitude da voz, dos gestos. Temos que aproveitar dos meios corporais, mas não abusar dos mesmos. Procurar ter menos texto, para o público que chegar depois do seu início, entender o que está acontecendo no momento.
 E após essa pequena introdução sobre o tema, fizemos na prática o que já tinhamos ouvido anteriormente. Começamos fazendo o exercício da máquina humana, onde uma pessoa por vez ia até o centro da roda, fazia um movimento e um som, e assim um por um iam compondo a máquina, até formar uma coisa só. Após, formamos vários grupos, onde teríamos que improvisar de acordo com a temática proposta com o exercício anterior, alguma cena rápida. Por consequência, todos os grupos levaram as cenas para a mesma temática, que seria a questão da rotina, do tempo. Feito isso, juntamos a parte da música que cantamos no início da aula, com a máquina humana, e com alguns trechos feitos em algumas cenas, e portanto, acabou virou uma coisa só.
 A partir daí, fomos para a "rua" fazer a nossa cena, introduzindo no meio do público, tirando-os um pouco da rotina, o que causou um pouco de estranhamento, com outras sentimentos que será impossível aqui descrever. Mas foi uma situação bem legal, pois já podemos observar vários fatores, como imprevistos, pessoas falando com a gente, dentre outras coisas, e já nos fazendo refletir, de como e quando eu posso intervir em determinada situação.
 Mais uma oficina muito proveitosa, que como sempre, só nos faz crescer como atores e pessoas. Valeu JP !!!

Oficina - Triangulação com Máscaras

 No dia 17/08 (quarta-feira) tivemos uma oficina com a professora Tania Alonso com o tema "Triangulação com Máscaras". A idéia era haver uma troca de experiências entre professora-alunos.
 Começamos a oficina fazendo uma brincadeira em roda, chamada "Batizado Mineiro", que consta no livro "Jogos Teatrais para atores e não atores - Augusto Boal". Uma brincadeira onde cada um integrante da oficina teria que ir ao centro da roda, fazendo um movimento e falando uma palavra que seja com a letra inicial do seu nome. Feito isso, todos os outros integrantes imitavam o que tinha sido feito pelo o integrante anterior.
 Após esse exercício para o conhecimento de todos da turma, começamos a triangulação com as máscaras. Aprendemos várias coisas a respeito delas. Mas infelizmente, apenas 3 horas de oficina servem apenas para dar um gostinho na boca de quero mais.
 Vimos que sempre que precisarmos arrumar ou tirar a máscara, temos que estar sempre de costas para o público, pois se fizermos isso de frente para eles, acaba ali mesmo a ilusão de um personagem, acaba portanto com a neutralidade proposta pelas máscaras. Começamos enfim a trabalhar ativamente com elas (as mascaras), fazendo o jogo da triangulação, onde duas pessoas pegavam as máscaras e triangulavam entre si, sempre percebendo que uma pessoa teria que estar olhando para frente, e a outra olhando sempre para o seu companheiro; e somente trocavam de posições, quando havia a troca de olhares entre os atores, sempre tendo o nariz como o ponto de direção da ação, percebendo que, se quisessemos olhar para uma direção, teríamos que fazer movimentos rápidos e objetivos sempre tendo o nariz como base, pois nesse caso da máscara neutra, os olhos pouco dizem, ao contrário de outros tipos de máscaras. E as duplas faziam esse jogo durante um bom tempo, aumentando gradativamente a intensidade da ação, e por várias vezes, até criando cenas que fluiam sem uma preocupação comum, ocorrendo nesse caso, até uma mudança de expressão de acordo com a intensidade da cena. O que de fato acabou acarretando em exagero de outras duplas, que já entravam com o intuito de fazer algo, como forma de "aparecer" ou até mesmo "impressionar" os demais colegas. Tentativas essas, que foram por água abaixo, pois percebia-se visivelmente que os mesmos forçaram uma barra para tal fato acontecer, não o deixando fluir livremente.
 Temos que ter em mente sempre, que o público vai na direção para onde a máscara está apontando; portanto, se os dois atores estiverem olhando para a mesma direção, ocorrerá um conflito de informações, não sabendo assim, para onde se deve olhar. Devemos evitar de fazer movimentos redondos (como por exemplo, a expressão de cansaço, bêbado), procuramente sempre fazer os movimentos pequenos (tic-tac), sendo o mais objetivo possível, e sempre levando junto com a máscara, o corpo, o que ajuda muito a ter uma expressividade maior.
 Outra coisa que podemos perceber, é que, com a máscara, deixamos os nossos tiques mais visíveis para o público, devendo ter uma atenção redobrada quanto a esse fator. Não podemos conversar quando estamos com a máscara, e deve-se evitar também ficar de costas, pois o público acaba não vendo o que ela está querendo dizer. Devemos sempre ter cuidado também, em relação a querer arrumar o cabelo quando estivermos em cena. Se acaso ocorra essa situação, procurar fazer quando o foco estiver na outra pessoa.
 Mas um exercício onde, podemos perceber a importância da triangulação entre os atores, seja em qual estilo de teatro for, sempre um respeitando o momento do outro, e um sempre ajudando o outro também. Após, fizemos outro exercício, onde uma pessoa ia para o centro do espaço, e rolava um jogo de perguntas e respostas, onde quem estava falando no momento sempre teria que olhar para o público, e já a outra pessoa, deveria olhar para o ator que estivesse dando a sua fala. A brincadeira era a seguinte:
 "ator 1 - O que você sabe fazer? (Olha para o outro ator)
  ator 2 - Eu sei fazer isso (faz alguma coisa)
  ator 1 - Legal
  ator 2 - E você, o que sabe fazer?
  ator 1 - Eu sei fazer isso (faz alguma coisa)
  ator 2 - Legal"
 E por último, fizemos a brincadeira do "O fulano roubou pão na casa do João...quem eu? ....", e sempre fazendo o jogo da triangulação, quando um falava olhando para a platéia, o outro estava olhando para o ator que estava falando, havendo assim, sempre a troca a partir do olhar entre eles.
 E é isso. Uma oficina maravilhosa, onde aprendemos a importância de trabalharmos juntos com os nossos colegas de cena, havendo essa triangulação entre os atores.